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Quantas pausas devemos fazer no trabalho ou estudo para sermos produtivos? Professora de Cambridge revela o ideal

Publicada em 14 de novembro de 2025

No mundo do trabalho atual, fala-se muito sobre produtividade e sobre a importância de aumentá-la para maximizar os ganhos de empresas e trabalhadores. Seja por pressão profissional ou por vontade própria, cada vez mais pessoas optam por não parar, comem em frente ao computador ou eliminam as pausas para terminar antes. No entanto, a ciência sustenta o contrário: os descansos são fundamentais para ser mais produtivo. 

Por medo de parecer pouco comprometidos ou por reforçar a cultura do trabalho, o descanso vem sendo sacrificado em favor de uma falsa produtividade. No entanto, esses minutos de pausa são justamente os que determinam um melhor desempenho. Trabalhar longos períodos sem interrupção acaba gerando esgotamento físico e mental, menor eficácia e níveis mais altos de estresse.  

Olivia Remes, professora e pesquisadora da Universidade de Cambridge, compartilhou estratégias para melhorar o desempenho no trabalho, destacando a importância das pausas curtas. 

— É muito melhor do que trabalhar por longos períodos sem pausa — afirma ela. 

Segundo Remes, as pessoas mais produtivas trabalham cerca de 52 minutos seguidos e depois fazem pausas de 17 minutos.   

— Uma das dicas é usar a regra 52-17 enquanto você trabalha. Isso veio de um estudo marcante que mostrou que as pessoas mais produtivas trabalham cerca de 52 minutos seguidos e depois fazem pausas de 17 minutos. Então, basicamente, trata-se de trabalhar por cerca de uma hora, fazer um breve intervalo e repetir esse ciclo — explica a especialista. 

Outra recomendação da especialista tem a ver com o uso da tecnologia. Remes explica que, em cada pausa, os profissionais se “desligavam” completamente da tecnologia. No lugar, eles se permitiam relaxar e descansar. 

— Se afastavam do computador, não respondiam e-mails e não checavam o celular — comenta. 

Outra estratégia é escolher a emoção na qual deseja se concentrar.  

— Digamos que você tenha um novo projeto que não está com vontade de começar porque é difícil, ou talvez sinta aversão por uma tarefa em particular. Em vez de focar nessa emoção negativa, de repulsa, frustração ou talvez estresse, escolha se concentrar em outras emoções que possa estar sentindo ao mesmo tempo. Emoções como o desejo de ter sucesso, de aprender algo novo ou de expandir seus horizontes — explica Remes. 

Ao atribuir grande importância ao estado emocional do trabalhador em pensar no seu desempenho profissional, Remes destaca: — A verdade é que, em determinado momento, todos temos um panorama interior repleto de emoções, e podemos escolher em qual delas queremos focar. Fazer isso não só facilita o engajamento com o trabalho, como também torna o próprio trabalho mais significativo. 

Por fim, a especialista recomendou buscar ajuda quando necessário.  

— Se em algum momento você estiver com dificuldades e sentir que precisa de mais apoio, não hesite em pedir ajuda. Os tutores e supervisores da universidade estão aqui para isso — conclui. 

Fonte: O Globo

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